terça-feira, 31 de agosto de 2010

Grão capital - 7

O vento buscou um novo caminho
Para levar meus pensamentos
E no fundo encontrei o sentido
Envolvendo pessoas e momentos

Veja o que perdeu
(liberdade)
E não há nenhum problema
Almas solitárias se guiam
Pelas raizes do sistema
Mas como posso dizer que perdeu
Algo que nunca lhe pertenceu
Almas solitárias se guiam
Pelas raizes do sistema

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Anti-ócio - 6

Andando leve um gesto simples atrai
Como um espelho refletindo algum desejo contido
Internamente notável
Sendo invisível a olho nu
Por ser sublime

O mundo agora gira em torno do vício
As pessoas são as mesmas do inicio
Preciso de uma garapa forte
Pra sair do estado letárgico de morte

Já que o óbvio caiu na rotina
E se tornou mais vulgar que a inércia
Explore seus sentidos
Pois o mar leva consigo todo o tempo
Perdido

É proibido, fazer negócio
Comércio ilegal de remédio anti-ócio
É proibido

Por FláviaAngra e Mário

É possível sonhar - 5

De todas as maneiras, de todos os gestos e desejos, o melhor é acreditar que os sonhos nunca são demais... E demais mesmo, são as pessoas que tentam nos convencer que é melhor viver preso na sua realidade! Por isso, busque, atreva, ultrapasse os muros impostos... Pule, grite, AME, questione, dê vivas à sua liberdade. Porque como toda boa ave, quando temos nossas asas poldadas, a tendência é criarmos garras, tão afiadas quanto as más linguas que um dia se atreveram julgar o que não se pode ser julgado. Não dê espaço para sentimentos negativos, isso só gela o coração, e bloqueia toda positividade que está por vir... E virá.


Por FláviaAngra

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Filhos da Nação - 4





"Tio, me dá uma moedinha pro lanche..."

Corre, esse menino
Corre, belo  menino
Preto, menino da rua
Encanta vilas e vielas
Becos e favelas
Vive em praça pública

Esse menino, preto
Preto como asfalto
Que o moço lá do prédio fez
Mandou fazer
Não fez
E cometeu um assalto

Roubo sem ter mão armada
Arma que o tal menino poderia usar
Mas o rico usou a gravata
Sem dó ou sem pena, pra intimidar
Uma gente com sede de vida
Carente de amor e comida
Como o filho da nação brasileira

Caso do acaso - 3


Tentação!
Minha canção não exita
Em te tratar como um imã
Universo de atração

Coração!
Meu vilão
Pierrot de cada manhã
Sensação de querer sempre mais

Ambição!
De prazer
Transitando entre auroras e ocasos
O meu caso é você

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Beijar a flor - 2



Talvez um dia
Saberão dos seu desejo velado
Assim contido, assim calado
E o mundo peleja a repelir

Talvez, quem sabe
O teu perfume adormeça no lenço
E desperte o batom que marcou-te o beijo
Do lábio vermelho

Doce tigresa da pele salgada
Na qual lânguido suor esvai-se em rio
Sobre as rosas que ali brotaram

Quem mandou foi o amor
Que vem beijar-te
Ofegante beija-flor

Silenciar - 1





Me adaptei ao seu modo
Me surpreendi ao te olhar
Mas não por ser narciso
Sim por querer afogar
Junto comigo os pensamentos
Que você pode contaminar

A ditadura é da palavra
A lavra de um cidadão
É enterrar a emoção consigo
Pra escapar da solidão
Hoje o mundo é raiz de egoísmo
No meio da urbanização

Teu cheiro, teu lance, romance
Nós dois representamos depois
Repulsa que pulsa e meu sangue
Se esvai em meio aos porões

A ditadura é da palavra
Lavra que cega e cala
A mais bela poesia
A ditadura é da palavra
Seja cruel ou macia
Acode quem não teme
E quem teme tem palavra vazia


Teu cheiro, teu lance, romance
Nós dois representamos depois
Repulsa que pulsa e meu sangue
Se esvai em meio aos porões