terça-feira, 1 de março de 2011

A Verdadeira Máscara do Lugar Social - 13

As posições e lugares sociais e, as representações imagéticas que a sociedade imprime, se relacionam no ponto de inserção do negro nas comunidades. A favela tem sua representação de depósito humano esquecido, cujas pessoas são determinadas a viver sem identidade. Vale ressaltar que a sociedade propõe a alforria como fator condicionante de inclusão social. Mas, todos sabemos que liberdades manipuladas não são livres de fato. Nos encontramos num país onde a emancipação o tornou legalista, embora desumano.
Foi desumano, na obscura fase da ditadura militar brasileira, o governo sucatear a educação pública em busca da comercialização do ensino. O negro foi negado na sua condição de bicho durante séculos. Teve as suas oportunidades vetadas e jogadas aos crocodilos. O trabalho livre oferecido ao crioulo após a emancipação foi, em sua maioria, humilhante. E após alguns anos de liberdade utópica, o negam até uma educação qualificada, digna.
É desumano exigir do negro, ou do pobre, necessariamente, uma condição favorável na selva social contemporânea.
É desumano cobrar boa oratória e compreensão de um garotinho do morro, que faz um fuzil de caderno. E além de toda essa falta de escrúpulos da responsabilidade nacional histórica,  o mestiço brasileiro tem que ouvir calado que o Brasil é um "país de todos" (os ricos).
O mérito vai para a rebeldia contra a estabilidade burguesa que desestabiliza a plebe, para a vontade de combater o preconceito velado emergente na sociedade hipócrita. Afinal, é essa sociedade que contribui na construção das desigualdades. Eu contribuo! E você?

Nenhum comentário:

Postar um comentário